segunda-feira, 6 de julho de 2015

DICAS DE PAISAGISMO PARA VANDAS


As Vandas são conhecidas como as orquídeas de luxo dos orquidófilos. O preço salgado dessa planta é compensado quando elas florescem. Suas flores podem variar de 1cm até 14cm de diâmetro tudo vai depender da espécie. Além de apresentarem inúmeras tonalidades de cores como azul, vermelho, castanho, amarelo, laranja, rosa, roxa entre outras.

Essas plantas maravilhosas compreendem mais de 70 espécies diferentes e uma quantidade muito grande de híbridos (para quem não sabe híbridos são plantas que resultaram do cruzamento de espécies diferentes.) São originárias do Norte da Austrália, da Ásia Oriental, da Índia, do Himalaia, do sul da China, das Filipinas e da Tailândia, sendo esse país considerado um dos maiores produtores mundiais do gênero.



Por serem nativas de outros países merecem uma atenção especial no cultivo. 

Fixação
As vandáceas podem ser fixadas no solo com um tutor, até que suas raízes sejam capazes de mantem a planta ereta. Se preferir elas podem ser dispostas em placas de fibra de coco e fixadas nos muros ou interiores, bem como em vasos ou cachepôs suspensos. Eu particularmente acho que elas ficam mais bonitas em cachepôs. Como possuem um crescimento monopodial, só irão aumentar em altura, não sendo necessária uma delimitação lateral.


Luz e sombreamento
Uma dica boa para saber a quantidade de sol ideal é observar a largura das folhas das vandas. Se as folhas são estreitas ou cilíndricas, a espécie cultivada suporta sol pleno. Se as folhas são largas pode se cultivar dentro de ambientes fechados, sempre fixadas nos troncos das árvores ou até mesmo sobre rochas. Neste caso, para florescerem, necessitam de uma boa iluminação, mas não de sol pleno nos períodos de pico. Podem ser cultivadas próximas a uma janela ou, ainda, com incidência de luz artificial.


Rega
As vandas precisam ser regadas com frequência, pois apreciam muito a água, principalmente em estações quentes. Geralmente, recomenda-se molhá-la diariamente no verão ou duas vezes por semana no inverno, sempre no período da manhã. A rega pode ser manual, com jato de chuveiro, quanto automatizada, com aspersores. Eu prefiro deixa as raízes dentro de um balde de água por 5 minutos. Nada de somente borrifar as raízes. Quando for regar é para regar com vontade. Caso não haja possibilidade de regas diárias, aconselha-se implantar outras plantas que retenham mais umidade no paisagismo, fornecendo, assim, um microclima mais úmido. Ou então, aplicando algumas dicas que já dei em posts anteriores, de como deixar o ambiente úmido.



Adubação
As vandas devem ser adubadas pelo menos uma vez por semana ou a cada 15 dias, pois, como apresentam um crescimento constante, necessitam de mais adubação do que outros gêneros. Os adubos utilizados podem ser NPK, adubos orgânicos ou compostos por micronutrientes. O ideal é fazer uma rotação entre eles. Cada semana utiliza um.




Pragas e doenças
Um ambiente com boa circulação, adubação adequada, regas regulares e luminosidade correta é uma excelente medida preventiva para evitar o aparecimento de doenças. O ideal é observar as vandáceas com frequência, como se faz com qualquer outra planta do jardim, e utilizar fungicida ou inseticida quando necessário.

Fonte: Vandário Mokara




terça-feira, 30 de junho de 2015

ORQUÍDEAS NÃO SABEM NADAR

Existem muitas dúvidas a respeito da frequência de regas. Mas uma coisa eu te garanto, orquídeas não sabem nadar, por isso nunca devemos encharcá-las. Brincadeiras à parte, muitas pessoas pensam que as orquídeas gostam de muita água. E isso não é verdade, as orquídeas gostam de umidade, que é bem diferente. O excesso de água causa o apodrecimento das raízes e as orquídeas podem acabar morrendo. É mais fácil matar uma orquídea por excesso de água do que por falta d’água.

Não é possível estabelecer uma regra fixa para quantas vezes por semana devemos regá-las. Tudo vai depender da espécie, das condições climáticas, do substrato e do vaso que elas são cultivadas.

Vanda
Espécies cultivadas: Existem orquídeas que gostam de mais água que outras. As Vandas por exemplo precisam umidade e as raízes precisam de bastante água. Já os Cymbidiuns precisam de pouca rega e durante o verão recomenda-se regar com água gelada pois são planta de clima temperado. Os gêneros Oncidiuns e Epidendruns gostam de bastante água, sendo que o substrato precisa ter uma boa aeração. As espécies Phalaenopsis e Cattleyas não se adaptam em ambiente muito úmido nem com excesso de água.



Condições climáticas: No verão, é necessário regar com mais frequência, diminuindo a periodicidade durante o inverno. Ainda é preciso ficar atento à evaporação causada não somente pelo excesso de sol como também pelas correntes de vento.

As orquídeas devem ser regadas no começo da manhã. Em dias frios, elas terão o dia inteiro para secar. No verão além da rega feita pela manhã, borrifar água sobre o ambiente a tarde é importante devido a evaporação.

Cymbidium recomenda-se regar no verão com água gelada.

DICA: Para manter o ambiente úmido e não correr o risco das raízes apodrecerem, coloque bandejas com brita e um pouco de água embaixo dos vasos. Outra dica é jogar água embaixo da bancada que as orquídeas ficam ou borrifar todo o ambiente que elas estão.

Substrato: Existem substratos que retém mais água que outros, por isso a quantidade de rega também varia devido a esse fator.

Não retém umidade: carvão vegetal e casca de peroba.

Retém umidade: casca de pinus, caquinhos de barro, brita, nó-de-pinho, caroço de açaí e coco desfibrado.

Retém muita umidade: chips de coco e esfagno.


DICA: A melhor maneira de saber o momento ideal para regar é colocar o dedo no substrato e afundá-lo. Se o substrato estiver úmido, não é preciso regar, se estiver seco, a rega será bem-vinda. Outra dica é colocar em um vaso o substrato sem a planta assim esse vaso fica como controle, nele você pode tirar todo substrato e ver se está seco ou não.

Eu gosto de misturar os substratos para ter uma aeração ideal. Coloco dois dedos de brita para drenar, depois preencho o vaso com casca de pinus ou chips de coco. Além de homogenizar os meus vasos, colocando os mesmos substratos para todas as orquídeas, para aquela espécie que gosta mais de água eu coloco mais esfagno. Assim rego todas de uma vez só


Vaso: Existem vasos que retém mais água que outros. Abaixo está a ordem do que retém menos para os que retém mais água.

Cachapô de plástico – cachapô de madeira – vaso de barro – vaso de plástico.

O cultivo de qualquer planta tem que ser ideal para você. Se você tem pouco tempo, ou esquece de colocar água, o ideal é utilizar substratos e vasos que retenham mais água. Mas não se esqueça no dia que for regar sua orquídea, regue com vontade, regue bem. Eu rego uma vez por semana colocando-as dentro de um balde de água por 5 minutos, depois deixo escorrer bem a água.

Espero ter ajudo, não deixem de escrever deixando a sua opinião, e se tem dúvidas sobre outro ponto específico relativo ao cultivo das orquídeas.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Exposição Orquídeas do Rio de Janeiro: diversidade, documentação e conservação.


Semana passada aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, uma exposição incrível de orquídeas no Arquivo Nacional, localizado na Praça da República no Centro. O tema da exposição foi: “Orquídeas do Rio de janeiro: diversidade, documentação e conservação”. 

Arquivo Nacional

A exposição foi organizada e realizada pela OrquidaRio (para quem não sabe a OrquidaRio é uma associação de preservação das orquídeas), com fotos de Sérgio Araújo, ilustrações botânicas de Dulce Nascimento e plantas vivas cedidas por vários orquidários da região como: Ara Botânica, Florália, Binot e do próprio OrquidaRio.





Além da exposição, nos dias 16 a 18 de junho foram realizadas palestras e oficinas. No primeiro dia, o evento foi comandado por Dulce Nascimento, paisagista graduada pela Escola de Belas Artes – UFRJ e pós-graduada no Jardim Botânico de Londres (que luxo), bolsista da Fundação Botânica Margaret Mee. Dulce é autora do livro Plantas brasileiras, a ilustração botânica de Dulce Nascimento.  E ilustradora botânica com exposições no Brasil e exterior.

Dulce Nascimento - ilustradora botânica


Nos dois últimos dias, foi oferecido uma oficina básica de cultivo, ministrado pelo vice-presidente da OrquidaRio Ricardo de Figueiredo. Ricardo falou um pouco da sua experiência com as orquídeas, revelando os segredos e dando dicas de um cultivo adequado. Confesso que aprendi muito com essa oficina (e descobri que eu estava matando minhas orquídeas afogadas e deixando elas passando fome).

Ricardo de Figueiredo - vice-presidente da OrquidaRio


O evento contou ainda com as palestras: “O estudo das orquídeas na cidade do Rio de Janeiro”, com Delfina de Araújo, e “As orquídeas da cidade do Rio de Janeiro, riscos e conservação”, com Maria do Rosário de Almeida Braga. As palestras mostram fotos de algumas espécies de orquídeas nativas do Rio. Hoje são catalogadas em torno de 200 espécies na cidade do Rio e 600 em todo o estado.

A estrela do Rio Laelia lobata

Esse evento foi de grande importância para mim. Mesmo sendo bióloga e trabalhando a muito tempo com plantas. É sempre bom fazer uma reciclagem com ótimos profissionais. Apesar da internet e dos livros serem ótimos aliados no estudo, é sempre válido o “ao vivo”. Assim nós temos a oportunidade de tirar dúvidas e nos informar como anda a preservação do meio ambiente.

No caso das orquídeas muitas espécies estão ameaçadas de extinção ou estão em condições vulneráveis no meio ambiente e o trabalho desses profissionais da associação vêm contribuindo muito para a preservação dessas belas plantas - as orquídeas.





sexta-feira, 12 de junho de 2015

A HISTÓRIA DO ORQUIDÁRIO BINOT - PETRÓPOLIS

A HISTÓRIA DO ORQUIDÁRIO BINOT - PETRÓPOLIS

Nesse feriado eu subi a serra de Petrópolis para conhecer o Orquidário Binot, um dos orquidários mais antigos do Brasil.



Tudo começou quando Jean Baptiste Binot, paisagista, decide abandonar a Europa e vir para o Brasil. Em 1854, foi encarregado pelo Imperador Dom Pedro II, para projetar e executar os jardins do Palácio Imperial de verão, em Petrópolis. Como prêmio pelo seu trabalho executado no Palácio, o Imperador lhe deu terras para cultivar. Em 1870, seu filho Pedro Maria Binot que estudou horticultura na Bélgica retornou ao Brasil para ajudar o pai, coletando orquídeas e plantas tropicais destinadas à exportação.

Assim foi fundado o Etablissement P. M. Binot. No final de sua vida, Pedro iniciou a construção das primeiras estufas e foi responsável pela introdução no Brasil, de espécies sul-americanas de Cattleya, como: trianae, percivaliana e mossiae.

Cattleya perciavaliana

                                                                    Cattleya mossiae


Com a morte de Pedro Binot, seu enteado Georges Verboonen, voltou para o Brasil e tornou diretor do orquidário. Por causa da primeira Guerra Mundial as exportações foram suspensas e o objetivo passou a ser o fornecimento de flores para venda às lojas do Rio de Janeiro.

Pouco antes da segunda Guerra Mundial, foram importados os primeiros híbridos modernos que encantaram os visitantes e orquidófilos das primeiras exposições de orquídeas realizadas em São Paulo.

Em 1945 o nome do estabelecimento foi mudado para Orquidário Binot Ltda. Aos poucos, Jorge Verboonen, seu filho, foi aprendendo todos os segredos do cultivo das orquídeas e quando seu pai começou a ficar cego, assumiu a direção. Iniciou um programa de ampliação das instalações já existentes e o cultivo de uma nova série de híbridos. Em 1960, Rolf Altenburg passou a ser sócio da firma, começando uma nova fase. A partir daquela data, o orquidário voltou a exportar orquídeas para a Europa.




Em l980, Rolf Altenburgh retirou-se espontaneamente da firma por achar que ela deveria continuar com a família Verboonen, numa atitude de nobreza e caráter. E assim, o Orquidário Binot se tornou uma referência tanto nacional como estrangeira.
Seu filho, Maurício Ferreira Verboonen, Engenheiro Agrônomo, integrado ao orquidário desde l979, com muita dedicação, deu um novo impulso às atividades. As instalações foram remodeladas, foram adotados novos conceitos de irrigação e pesquisa para adoção de novas opções de substrato.
 
Maurício é a quarta geração da família que trabalha com orquídeas, que teve início em l870, no bairro de Retiro em Petrópolis.

Esse texto que vocês acabaram de ler foi uma adaptação que eu fiz do folheto de propaganda do próprio orquidário escrito por Maurício Verboonen, que é a quarta geração da família que trabalha com orquídeas. Achei a história sensacional, dá para ver que é um orquidário de tradição e dedicação. Se um dia for à Petrópolis passear, não deixe de fazer uma visita a esse orquidário.

Eles cultivam muitas espécies como: Phalaenopsis, Oncidium, Cattleya, Vandas e espécies de bromélias também!







sábado, 6 de junho de 2015

Plantando minha orquídea

Olá!!

Essa semana eu ganhei essa muda de orquídea. Ela está feia né?! Ninguém da nada por ela.... mas daqui uns meses tudo pode mudar!!!


Eu não gastei nem de 10 minutos para fazer o plantio, quer aprender?? Vem comigo!!

São 7 passos para fazer o plantio.

1º Passo: Corte as raízes velhas.

2º Passo: Lave a planta em água corrente, utilizando uma escova de dente.

3º Passo: Prepare o vaso para o plantio. Se o vaso for de reuso, lave-o com água e deixe 5 minutos em uma mistura de 1 litro de água e 2 tampinhas de água sanitária. (utilize a tampinha que fecha a água sanitária para medir).


4º Passo: Coloque o substrato no vaso e acomode a muda em um canto, de modo que o broto fique voltado para o centro. O espaço deve ser completado com substrato.

Como substrato eu utilizei casca de pinus e musgo .





5º Passo: Aperte bem o substrato para a planta ficar firme. Caso seja necessário, amarre uma vareta para fixar a planta.



6º Passo: Etiquete o vaso com a data do plantio.



7º Passo: A planta deve ser deixada em um local bem arejado e sombreado.


Daqui uns meses eu volto para mostrar o resultado do meu plantio!!!!
Mande fotos de suas orquídeas!!! lgpaiva2013@gmail.com

terça-feira, 2 de junho de 2015

Exposição Orquídeas do Rio de Janeiro

Boa tarde Orquidófilos...

Dia 16 a 18 de junho o orquidaRIO estará promovendo a Exposição Orquídeas do Rio de Janeiro: diversidade, documentação e conservação.

Com acervo do arquivo nacional, ilustrações de Dulce Nascimento e fotografias de Sergio Araújo.

Haverá ainda palestras com: Dulce Nascimento, Delfina Araújo e Maria do Rosário de Almeida Braga.

E oficinas com Dulce Nascimento e Ricardo Figueiredo.

Não dá para perder né?! Conto tudo para vocês depois.

FONTE: ORQUIDARIO

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ganhei minha primeira orquídea e agora?????


As orquídeas são as queridinhas da lista de presentes, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Datas especiais. É um presente que não tem erro! Eu particularmente adoraria ganhar uma por mês!

Mas depois que passa a euforia, como cuidar? Aqui vão algumas dicas de como manter a sua orquídea bonita, colorida e com flores por muito tempo!

Primeiro passo: Saber o nome da sua orquídea

Existem mais de 30.000 espécies, cada uma com um cultivo particular, sendo algumas mais exigentes que outras.
A mais comum é a Phalaenopsis (foto abaixo).



Segundo passo: Luminosidade

É necessário que o local escolhido para deixa-la tenha um mínimo de ventilação natural e uma boa luminosidade. Não pode ser um local muito escuro e nem exposta diretamente à luz do sol. A maioria das espécies é cultivada em sombreamento de 50 a 70%, variando conforme a intensidade da insolação do local. Luz difusa é ótimo para proporcionar a fotossíntese.

Se você mora em casa coloque-a debaixo de uma árvore ou na varanda desde que não bata sol diretamente. Já para quem mora em apartamento o local ideal é perto da janela.

Dica: Se as folhas da orquídea apresentarem uma cor verde-garrafa é que ela necessita de mais luz, se as folhas estiverem amareladas é excesso de luz, então troque-as de lugar!

Terceiro passo: Rega

Uma grande dúvida das pessoas é saber a quantidade de água que a orquídea precisa. A rega vai depender muito do clima. Normalmente no verão precisa-se regar de 2 a 3 vezes por semana e no inverno a cada 7 dias.
As regas devem ser feitas preferencialmente no amanhecer ou entardecer, quando os estômatos estão abertos.
É importante não encharcar o vaso, água demais faz com que as raízes fiquem sem oxigênio e as orquídeas acabam morrendo.

Dica:  - Coloque o dedo no substrato para saber se o solo está úmido. Só regue se estiver seco.
- Não molhe apenas a planta, mas também o ambiente. A umidade do ar nunca deve estar abaixo de 30%.
- Não deixe pratinhos embaixo do vaso.

Quarto passo: Adubação

Nada de exagerar na adubação. Na adubação de manutenção e crescimento o adubo químico pode ser reposto a cada 15 dias, além dos micronutrientes já incorporados na fórmula química, os macronutrientes NPK (nitrogênio, fósforo, potássio) na proporção 10-10-10 ou 20-20-20.
Na floração a composição do NPK muda, o ideal é 10-30-20 para a maioria das orquídeas. É importante uma maior quantidade de Fósforo e um pouco mais de Potássio.


Com essas dicas sua orquídea vai florescer uma vez por ano.