A HISTÓRIA DO ORQUIDÁRIO BINOT - PETRÓPOLIS
Nesse feriado eu subi a serra de Petrópolis para conhecer o Orquidário Binot, um dos orquidários mais antigos do Brasil.
Tudo
começou quando Jean Baptiste Binot, paisagista, decide abandonar a Europa e vir
para o Brasil. Em 1854, foi encarregado pelo Imperador Dom Pedro II, para
projetar e executar os jardins do Palácio Imperial de verão, em Petrópolis.
Como prêmio pelo seu trabalho executado no Palácio, o Imperador lhe deu terras
para cultivar. Em 1870, seu filho Pedro Maria Binot que estudou horticultura na
Bélgica retornou ao Brasil para ajudar o pai, coletando orquídeas e plantas
tropicais destinadas à exportação.
Assim
foi fundado o Etablissement P. M. Binot. No final de sua vida, Pedro iniciou a
construção das primeiras estufas e foi responsável pela introdução no Brasil,
de espécies sul-americanas de Cattleya, como: trianae, percivaliana e mossiae.
Cattleya mossiae
Com
a morte de Pedro Binot, seu enteado Georges Verboonen, voltou para o Brasil e
tornou diretor do orquidário. Por causa da primeira Guerra Mundial as
exportações foram suspensas e o objetivo passou a ser o fornecimento de flores
para venda às lojas do Rio de Janeiro.
Pouco
antes da segunda Guerra Mundial, foram importados os primeiros híbridos modernos
que encantaram os visitantes e orquidófilos das primeiras exposições de
orquídeas realizadas em São Paulo.
Em 1945 o nome do
estabelecimento foi mudado para Orquidário Binot Ltda. Aos poucos, Jorge
Verboonen, seu filho, foi aprendendo todos os segredos do cultivo das orquídeas
e quando seu pai começou a ficar cego, assumiu a direção. Iniciou um programa
de ampliação das instalações já existentes e o cultivo de uma nova série de
híbridos. Em 1960, Rolf Altenburg passou a ser sócio da firma, começando uma
nova fase. A partir daquela data, o orquidário voltou a exportar orquídeas para
a Europa.
Em l980, Rolf
Altenburgh retirou-se espontaneamente da firma por achar que ela deveria
continuar com a família Verboonen, numa atitude de nobreza e caráter. E assim, o Orquidário Binot se tornou uma referência tanto nacional como
estrangeira.
Seu filho, Maurício Ferreira Verboonen, Engenheiro Agrônomo, integrado ao
orquidário desde l979, com muita dedicação, deu um novo impulso às atividades.
As instalações foram remodeladas, foram adotados novos conceitos de irrigação e
pesquisa para adoção de novas opções de substrato.
Maurício é a quarta geração da família que trabalha com orquídeas, que teve início em l870, no bairro de Retiro em Petrópolis.
Esse texto que
vocês acabaram de ler foi uma adaptação que eu fiz do folheto de propaganda do
próprio orquidário escrito por Maurício Verboonen, que é a quarta geração da
família que trabalha com orquídeas. Achei a história sensacional, dá para ver
que é um orquidário de tradição e dedicação. Se um dia for à Petrópolis passear,
não deixe de fazer uma visita a esse orquidário.
Eles cultivam
muitas espécies como: Phalaenopsis, Oncidium, Cattleya, Vandas e
espécies de bromélias também!
Amo esse Orquidário.
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