sexta-feira, 12 de junho de 2015

A HISTÓRIA DO ORQUIDÁRIO BINOT - PETRÓPOLIS

A HISTÓRIA DO ORQUIDÁRIO BINOT - PETRÓPOLIS

Nesse feriado eu subi a serra de Petrópolis para conhecer o Orquidário Binot, um dos orquidários mais antigos do Brasil.



Tudo começou quando Jean Baptiste Binot, paisagista, decide abandonar a Europa e vir para o Brasil. Em 1854, foi encarregado pelo Imperador Dom Pedro II, para projetar e executar os jardins do Palácio Imperial de verão, em Petrópolis. Como prêmio pelo seu trabalho executado no Palácio, o Imperador lhe deu terras para cultivar. Em 1870, seu filho Pedro Maria Binot que estudou horticultura na Bélgica retornou ao Brasil para ajudar o pai, coletando orquídeas e plantas tropicais destinadas à exportação.

Assim foi fundado o Etablissement P. M. Binot. No final de sua vida, Pedro iniciou a construção das primeiras estufas e foi responsável pela introdução no Brasil, de espécies sul-americanas de Cattleya, como: trianae, percivaliana e mossiae.

Cattleya perciavaliana

                                                                    Cattleya mossiae


Com a morte de Pedro Binot, seu enteado Georges Verboonen, voltou para o Brasil e tornou diretor do orquidário. Por causa da primeira Guerra Mundial as exportações foram suspensas e o objetivo passou a ser o fornecimento de flores para venda às lojas do Rio de Janeiro.

Pouco antes da segunda Guerra Mundial, foram importados os primeiros híbridos modernos que encantaram os visitantes e orquidófilos das primeiras exposições de orquídeas realizadas em São Paulo.

Em 1945 o nome do estabelecimento foi mudado para Orquidário Binot Ltda. Aos poucos, Jorge Verboonen, seu filho, foi aprendendo todos os segredos do cultivo das orquídeas e quando seu pai começou a ficar cego, assumiu a direção. Iniciou um programa de ampliação das instalações já existentes e o cultivo de uma nova série de híbridos. Em 1960, Rolf Altenburg passou a ser sócio da firma, começando uma nova fase. A partir daquela data, o orquidário voltou a exportar orquídeas para a Europa.




Em l980, Rolf Altenburgh retirou-se espontaneamente da firma por achar que ela deveria continuar com a família Verboonen, numa atitude de nobreza e caráter. E assim, o Orquidário Binot se tornou uma referência tanto nacional como estrangeira.
Seu filho, Maurício Ferreira Verboonen, Engenheiro Agrônomo, integrado ao orquidário desde l979, com muita dedicação, deu um novo impulso às atividades. As instalações foram remodeladas, foram adotados novos conceitos de irrigação e pesquisa para adoção de novas opções de substrato.
 
Maurício é a quarta geração da família que trabalha com orquídeas, que teve início em l870, no bairro de Retiro em Petrópolis.

Esse texto que vocês acabaram de ler foi uma adaptação que eu fiz do folheto de propaganda do próprio orquidário escrito por Maurício Verboonen, que é a quarta geração da família que trabalha com orquídeas. Achei a história sensacional, dá para ver que é um orquidário de tradição e dedicação. Se um dia for à Petrópolis passear, não deixe de fazer uma visita a esse orquidário.

Eles cultivam muitas espécies como: Phalaenopsis, Oncidium, Cattleya, Vandas e espécies de bromélias também!







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